E chegou a "rentrée"! Voltei à actividade! Obrigado por aguardarem... vou tentar acompanhar a actualidade desenfreada. Não se coíbam de comentar - pode ser apenas clicando nas 3 opções abaixo ("porreiro, pá", "interessante" ou "nãããã").
Incapaz de aceitar a demissão, Khadafi reage à contestação popular recorrendo ao seu exército e aviação, atacando os rebeldes com armamentos fortemente desnivelados.
Com o arrastar da contestação nas ruas, Khadafi denuncia nos seus discursos inflamados uma mágoa enraivecida pela "ingratidão" do povo, depois de tudo o que fez pela Líbia desde a sua Revolução Verde, em 1969.
Para sua protecção, Khadafi refugiava-se no bunker do seu palácio, e surgia a espaços na varanda em discursos às hostes que o apoiavam, de apelo aos seus feitos passados em nome da "glorificação da Líbia".
A seguir ao Egipto, a contestação ao regime no poder alastra à Líbia, onde Mubarak se debate para controlar a revolta que se instala em volta do seu palácio.
O arrastar da contestação egípcia sem alterações, exasperava a comunicação social que inventava "breaking news" de episódios fortuitos ... até ao 18º dia.
A permanência maciça do povo na Praça Tahrir, e a contestação a alastrar a outras cidades do Egipto deixavam adivinhar que a queda de Mubarak seria uma questão de tempo.
A postura assumida pelo exército egípcio de não confronto com os populares na Praça Tahrir, no Cairo, destoava totalmente do ocorrido em 1989 na Praça Tiananmen, na China.
Cartoonista, com formação no workshop "Cartoon Político" do ArCo, sob orientação de Nuno Saraiva, e agora... em roda livre. Publica on-line no "Imprensa Falsa".