A novela da coabitação continuava com Sócrates a acabar por admitir não poder adiar mais a necessidade da ajuda externa, "em nome do interesse nacional", depois de vários meses a negá-lo.
A subida dos juros da dívida portuguesa não parava, ameaçando a viabilidade da economia portuguesa, mas Sócrates persistia em não admitir o pedido da ajuda externa, apesar da pressão vinda de vários sectores da sociedade.
Após o chumbo do PEC 4, a novela da coabitação continuava com Sócrates apresentando a demissão como ameaçara, mas mantendo-se em gestão até às eleições que Cavaco convocou.
A novela da coabitação de Cavaco e do Governo, perante as reservas deste em pedir ajuda financeira externa, exigiu uma pressão discreta mas activa do Presidente, conforme prometera no seu discurso de tomada de posse em Janeiro.
A seguir à sua reeleição como presidente, Cavaco veta as novas regras de prescrição de medicamentos, no início de uma coabitação com o Governo que se adivinhava diferente da anterior.
Cartoonista, com formação no workshop "Cartoon Político" do ArCo, sob orientação de Nuno Saraiva, e agora... em roda livre. Publica on-line no "Imprensa Falsa".